segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Para um dia lembrar com mágoa, mas acima de tudo tristeza, a mesquinhez da natureza dela, que com os seus atentados violentos e repetidos destruiu de forma profunda, demasiado profunda esta relação. Mantendo-a por artes negras, reacendendo-a a seu bel prazer, iludindo, cegando-me com os seus encantos, de uma forma quase parasita, solvendo todo o meu âmago.

Um traço familiar, concerteza herdado de sua mãe, e repudiado por um tempo, mas demasiado voraz para ser negado.

Uma mulher linda, encanto e luxúria encarnadas num ser que tinha uma doçura inebriante, um fogo intenso que nos consome sem darmos conta.

Cego e inerte, farrapo humano, esvaziado de caráter, vazio no querer, depois de ser consumido, mas ainda assim complacente. Tonto, ainda com a cabeça a latejar pejada de ilusões plantadas, ou espontâneas, como ervas daninhas.
E atirado fora quando completamente desventrado e destituído de propósito ou interesse.

Mas sejamos verdadeiros, também bebi ávido desse nectar, também delirei dentro do seu intimo, sonhei enquanto enleado nos seus membros.

E paguei bem caro o preço da ilusão.

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